Relatos dos arquivos da história norte-rio-grandense dão conta que invasores holandeses ocuparam a região de Nísia Floresta. Foram embora e não contribuíram, não deixaram alguma obra significativa ao povoado, fase histórica considerada como uma época de estagnação (Terras Potiguares, Marcus César Cavalcanti de Morais – IHGRN, 2007).
A importância e distinção de sua filha mais ilustre é que provocou a troca do nome da antiga localidade com denominações anteriores de Papary e Paraguaçu (sec. XVII), Vila de Papary e de Vila Imperial, para município de Nísia Floresta (1852/1948 – desmembramento e troca de nome).
Nísia Floresta Brasileira Augusta, um nome formado pelo pseudônimo poético da famosa escritora potiguar de Papary, Dionísia Gonçalves Pinto. Floresta em razão do Sítio Floresta local do seu nascimento, onde se encontra seu mausoléu. Brasileira uma referencia nacionalista de uma época que viveu fora do país. E Augusta em referencia ao seu segundo marido chamado Augusto, e pai de sua filha Lívia.
Atualmente o município de Nísia Floresta/RN, conta com um turismo na orla marítima, com diversas praias, ecoturismo e turismo lacustre, com lagos de importância pesqueira, desde o tempo em que era ocupada por índios Tupis, quando Papary era o nome de uma lagoa, entre outras, com pesca abundante.
Nísia foi uma mulher de ideias avançadas para a sua época, teve ideias revolucionárias diante a sociedade conservadora daquele momento de sua existência, chegou a receber inúmeros adjetivos em função de suas opiniões. Usou um pseudônimo conhecido internacionalmente. Publicava artigos em jornais falando da condição feminina naquele momento.
Hoje o centro da cidade de Nísia Floresta/RN conta com um exemplar de baobá, arvore de origem africana, plantado em 1877. O exemplar existente no centro da cidade, próximo ao terminal rodoviário, a antiga estação ferroviária, a praça principal e a igreja central, tem tombamentos e preservação em ambitos, municipal e federal. É possível encontrar outros exemplares de baobás em regiões próximas (por ex. Natal/RN e Macaíba/RN).
Há algumas hipóteses e estudos tentando comprovar e afirmar que autor do livro O Pequeno Príncipe (Le Petit Prince, 1943 nos EUA), o romancista francês Antoine de Saint-Exupéry teria passado nesta região e conhecido a arvore de origem africana, o baobá, e esta seria a razão de incluir o vegetal na história do seu livro.
Com a presença portuguesa no local nos idos de 1700 é que a região começou a tomar impulso, época que foi arruada a localidade e construída a Igreja de Nossa Senhora do Ò, a padroeira da cidade. Prosseguindo então a região com uma economia pesqueira e agrícola.
Hoje o município de Nísia Floresta conta com uma área de 306 Km2, e suas atividades econômicas estão compostas alguns setores como agropecuária, pesca, extrativismo e comercio.
Texto em:
http://www.publikador.com/cultura/maracaja/nisia-e-o-baoba
Entre Natal e Parnamirim/RN ─ 19/09/2013
Roberto Cardoso (Maracajá)
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Cientista Social
Jornalista Científico
Reiki Master & Karuna Reiki Master